domingo, 7 de setembro de 2008

!

Saber em que pensar. ser verdadeiro, não trair ninguém. falar trivialidades. fazer o que vier à cabeça. enfrentar o pesar. insistir não vale nem convém. o tal do egoísmo permanece um mistério. ser menos ingênuo e mais atento. não se exceder na expressão de sentimentos nem querer impressionar. não esperar do outro a entrega a que se dispõe. aceitar que não há escolha senão perseguir o fim do desejo. expectativa alguma! convicção de que nunca se conhece uma pessoa tão bem que não se possa se surpreender com suas decisões. seguir adiante e transparecer, nunca por inteiro. sorrir e se resguardar. quanto à ternura, que não mais se encontra nos braços em que se encontrava, ficar feliz por tê-la tido até por mais tempo do que se era de esperar, dadas as condições atribuladas em que se a conquistou. não temer ser injusto com ninguém, agora que se parte sem pendências. refúgio nenhum. ler, sim, claro. e sempre! desta vez, não mais para se distrair. escrever, o que se faz de melhor. e publicar, porque há pouco que esconder.

4 comentários:

Tutank Akenaton disse...

Em suma, publicar os desejos? Ler muito faz a escrita ficar tendenciosa, mas correta. Mesmo assim, escrever sobre o que se passa no sonho pe mais divertido.
Gosto que você é bsatante reflexão, e quase nada ação. Vai tirando as pequenas farpas de osso que vão se soltando da sua pele, e as coloca uma por uma em palavras, organizadas em assuntos. Depois pode chegar numa conclusão, mas a conclusão não é questão fundamental nessa escrita, o interessante é o leitor tirar as próprias conclusões.
Queria que as pessoas tirassem conclusões acerca da minha escrita, mas eu sempre concluo tudo. Sou um chato.
Aliás, se quiser visitar meu flog é WWW.FOTOLOG.COM/URBIS
Compare o meu jeito com o seu.
Parece que eu pego as minhas farpas óssease espeto meus personagens com elas, depois esfrego muco na cara das personagens e ainda faço piada disso.
O vício sempre vence, Bernardo. Veja por exemplo a corrida para conseguir uma garota, açúcar ou gordura. Por que as pessoas normais não sentem falta de alface? A síndrome de abstinência da comida é chamada "fome", de mulher é a "seca". Eu tenho da escrita. Às vezes juro que meus dedos coçam para escrever, e não tenho nem lápis por perto.

Somos todos viciados, Bernardo. A diferença é o quanto, e em que substâncias.

Bernardo disse...

não somente os desejos, como os descontentamentos ou qualquer outra coisa! bastante reflexão, sim, que, caso contrário, eu seria dos meramente existentes referidos pelo Oscar Wilde. agora, quase nada ação? todas na medida do possível!
estou com você quando sempre conclui tudo. eu tb concluo tudo. fazer o quê? ainda que goste mto de ser lido (e pode ter certeza de que gosto mto, mesmo), escrevo principalmente para mim. como não tirar minhas conclusões?
não sei o que você entende por vencer. que o vício está presente sem que se possa evitá-lo, é uma coisa. outra é dever-lhe a vitória.
somos todos viciados? fato. cada um que cuide de suas substâncias e em que medida.
lerei seu flog.

Babi disse...

Oie Bê!! Você mais que ngm sabe o qto tudo isso que vc escreveu faz sentido para mim! Vício? Que vício maravilhoso! Se assim o são, que assim o permaneçam! Só resta escrever, eu de uma maneira mais despojada, vc de uma maneira bem formal, belíssima!
Amnha conversaremos! Parabéns! Muito bom!

beijo*

Bernardo disse...

mto obrigado, Babi, pelo seu comentário! vc me deixou ansioso por ler algo seu, afinal, seu "se assim o são, que assim o permaneçam!" é revelador de uma promissora escritora, =)

bjao